No contato dos corpos, nos olhares, no cheiro, na ginga, canto e viés o fazer teatral. É preciso pesquisar e sonhar. O Rio de Muanes, nossa Dançateatro fala desse povo que construiu nossa nação e está aí mesmo se reinventando, criando na sua ginga, em jeito de fazer e se refazer, prática e permanência dos elementos da cultura afro-brasileira-carioca.
Axé. É a história de Muane escrava do século XIX, que numa visão crítica e bem humorada conta o Rio de Janeiro, da chegada da família real até a atualidade.
“Foi-se o tempo das ruas de homens e mulheres que faziam parte da história dos becos e encruzilhadas do Rio de Janeiro, de seres que a cidade abrigava: Muane, Maria Doida, Chico Cambraia, Não – Há – de – Casar-se, D. Obá II, Madame Satã, Gentileza e muitos mais. A saia branca de bolas amarelas anda voando pela cidade. Que tal usá-la?”
Luis Antonio Baptista